O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu que igrejas e templos possam continuar abertos mesmo durante fases mais restritivas de isolamento social impostas em meio à pandemia de covid-19. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, ele esteve reunido na segunda-feira, 15, com dois líderes evangélicos, em encontro fora da agenda oficial.
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Participaram da reunião, de acordo com a publicação, o pastor Silas Malafaia e o bispo Abner Ferreira. O encontro ocorreu na sede da Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Nessa reunião, ele [Aras] declarou o que está na Constituição”, contou Malafaia. “Primeiro, lugar de culto é inviolável, ninguém pode fechar ou impedir um culto religioso. Segundo, que as religiões cumprem um papel que o Estado não consegue, têm um papel terapêutico nessa história. Ele disse para mim que apenas um procurador se contrariou. Todos os demais concordaram com a fala. Essa foi a palavra dele, que acha um absurdo, uma afronta.” Por meio de sua assessoria, Aras confirmou a reunião com os religiosos, na qual foram tratados “temas de interesse dos evangélicos”.
Nos bastidores, Augusto Aras é apontado como um dos candidatos à vaga do ministro Marco Aurélio Mello no Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado se aposenta em julho, o que abrirá espaço para uma nova indicação do presidente Jair Bolsonaro à Corte. O favorito, no entanto, é o ministro da Justiça e da Segurança Pública, André Mendonça.
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Bolsonaro já disse publicamente, ainda em seu primeiro ano de governo, que gostaria de indicar ao STF alguém “terrivelmente evangélico”. Mendonça é pastor da Igreja Presbiteriana Esperança, em Brasília. “O André Mendonça tem a unanimidade da liderança evangélica. Mas quem vai bater o martelo é o presidente”, afirmou Malafaia. “Ninguém colocou faca no pescoço de Bolsonaro. O André tem apoio de 95% da liderança, ele é o cara que tem mais chance”.
Fonte: revistaoeste.com