O ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro (Podemos) recebeu um total de US$ 656 mil nos 12 meses em que trabalhou na Alvarez & Marsal, o que, na cotação de hoje, equivale a cerca de R$ 3,6 milhões.

Os valores foram revelados pelo hoje pré-candidato à Presidência da República durante uma live transmitida nas redes sociais. Ele estava ao lado do deputado Kim Kataguiri, que recentemente se filiou ao Podemos.

“O que foi combinado é que eu receberia, nos Estados Unidos, US$ 45 mil por mês”, revelou. Na cotação atual, o valor fica na casa de R$ 241 mil.

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O contrato entre o hoje pré-candidato à Presidência da República e a empresa de consultoria norte-americana foi firmado em 23 de novembro de 2020 e extinto em 26 de novembro do ano passado.

“Eu vou revelar, mas, assim, primeiro não tem nada de errado no que eu fiz no passado. Vamos aqui ser transparentes, mas eu espero que nós estejamos inaugurando aqui uma nova era de transparência das pessoas públicas”, disse Moro.

O objetivo da divulgação é pôr fim a questionamentos, que cresceram a partir de uma investigação aberta em dezembro no Tribunal de Contas da União para averiguar se existiu conflito de interesse no caso.

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A Alvarez & Marsal é especializada em recuperações financeiras e presta serviços a empresas denunciadas na Lava Jato, mas, em um departamento diferente daquele em que o ex-ministro trabalhou.

O PT chegou a cogitar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a contratação do ex-juiz pela empresa.

“A CPI foi enterrada, eu não precisava relevar, e esse processo do TCU é um abuso”, afirmou.

“O TCU serve para investigar o quê? Governo, administração pública e não investigar contrato entre uma pessoa privada, que é o meu caso, depois que eu deixei o Ministério da Justiça, e uma outra empresa privada”, pontuou.

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O contrato de Moro com a Alvarez & Marsal tinha duas cláusulas definidas em termos de remuneração: ele tinha um salário mensal e recebeu um bônus de assinatura, ou seja, um valor que ganhou quando entrou na empresa.

No contrato, de dois anos, não havia previsão de remuneração variável. O rompimento, de comum acordo, foi feito sem o pagamento de multa contratual.

Fonte: revistaoeste.com