A Federação Croata de Futebol (HNS) anunciou na quinta-feira, 10, que os jogadores da seleção da Croácia não vão se ajoelhar em forma de protesto contra o racismo antes do início das partidas da Eurocopa, que começou nesta sexta-feira, 11.
Segundo o comunicado, os croatas reuniram-se e decidiram em conjunto não fazer parte da campanha, já que, segundo eles, o gesto não teria representatividade no contexto da cultura e da tradição do país localizado na Europa Ocidental.
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“A Federação Croata de Futebol e a seleção da Croácia condenam veementemente toda e qualquer forma de discriminação”, diz a nota. “Também respeitamos o direito de cada indivíduo e de cada organização de selecionar as circunstâncias e a maneira como se posicionará contra o racismo.”
Conforme a entidade, a decisão de não participar do protesto partiu dos atletas. “Os jogadores da seleção croata decidiram, antes do amistoso contra a Bélgica, que não iriam se ajoelhar”, informou. “Respeitosamente, permaneceram em silêncio durante a ação de seus colegas belgas”, acrescentou a NHS. A Bélgica adere à campanha contra o racismo.
A Croácia estreará na Eurocopa no próximo domingo, 13, contra a Inglaterra, no estádio de Wembley, em Londres. Os britânicos, comandados pelo técnico Gareth Southgate, ajoelharam-se nos dois amistosos que disputaram antes do início da competição.
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O protesto contra o racismo
O gesto de se ajoelhar, a fim de promover protestos contra o racismo, foi inspirado no jogador de futebol americano Colin Kaepernick, que em 2016 negou-se a ficar de pé durante a execução do hino dos Estados Unidos em um jogo da National Football League (NFL). A ação pretendia chamar a atenção para a suposta violência policial contra a população negra. Em 2019, o gesto foi adotado pelos jogadores de futebol do Campeonato Inglês.
Na Eurocopa, até o momento, Inglaterra, Escócia e Bélgica informaram que seguirão participando do protesto contra o racismo. Croácia e Hungria, por sua vez, devem seguir caminho oposto.
Fonte: revistaoeste.com