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Le Postiche entra em recuperação judicial
30/04/2021 21:04 em Economia & Negócios

A Le Postiche, varejista de bolsas, malas e mochilas, entrou em recuperação judicial. A empresa acumula R$ 64,6 milhões em dívidas e viu suas receitas desabarem em meio à pandemia de covid-19, que já dura mais de um ano. Além das lojas fechadas durante épocas da quarentena, dois principais motivos que geravam procura por seus produtos ruíram nesse período: o escolar, que impulsionava a demanda por mochilas, e o turismo, com a necessidade de malas de viagem.

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No processo de reestruturação, iniciado em 2020, a empresa fechou 37 lojas de shoppings sem rentabilidade antes mesmo da pandemia. Agora, a varejista possui 45 lojas próprias e 98 franquias (que já chegaram a ser 200). A Le Postiche ainda conseguiu atravessar o segundo semestre com o adiamento de dívidas pelos bancos e por meio de um crédito que obteve em uma das linhas de socorro liberadas pelo governo. Mas a pandemia não diminuiu, e tanto o turismo, com as viagens de fim de ano, quanto a educação, não voltaram em grandes proporções, e afetaram o planejamento da companhia.

Hoje, a empresa quer mais digitalização e aplica-se para diversificar, explorar novos mercados e se tornar menos dependente de nichos. A profissionalização da gestão da empresa, ainda com perfil familiar, também vai ser trabalhada.

Os esforços estarão também em abrir lojas em locais mais estratégicos e fora dos shoppings. Para esses investimentos, a companhia já tem conversado com investidores com foco em empresas que estão em recuperação judicial, diz o presidente da Corporate Consulting, Luis Alberto de Paiva, que conduz o processo de reestruturação. De acordo com ele, a entrada de recursos deve acontecer depois da entrega do plano de recuperação, agendado para daqui a 60 dias, e a assembleia de credores, em 180 dias, num prazo de seis meses a um ano.

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Na quinta-feira, 29, o pedido de recuperação da Le Postiche foi deferido. A dívida que será renegociada soma hoje R$ 64,6 milhões. O montante não inclui os passivos fiscais da empresa.

Fonte: revistaoeste.com [Com informações Estadão Conteúdo]

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