O Partido Comunista da China (PCC) se manifestou sobre a decisão do governo australiano de anular um acordo entre ambos. Trata-se da saída do país ocidental do projeto “Novas rotas da seda”, encabeçado pelo PCC. “Nos reservamos o direito de adotar medidas complementares a respeito”, ameaçou Wang Wenbin, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, na quinta-feira, 22.
“Os australianos, de forma irracional, impuseram o veto ao tratado de cooperação. É uma interferência arbitrária em cooperações normais. Isto representa um dano grave para as relações entre Austrália e China e para a confiança mútua entre ambos países”, acrescentou o diplomata chinês, em nota divulgada à imprensa.
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Tudo começou depois de a ministra australiana dos Negócios Estrangeiros, Marise Payne, anunciar que aderir às negociações seria “incompatível” com a política externa do país por oferecer desvantagens. Criado em 2013 pelo secretário-geral do PCC, Xi Jinping, o Novas rotas da seda objetiva melhorar as ligações entre a Ásia, a Europa, a África e outras áreas com a construção de portos, ferrovias, aeroportos e centros industriais. As obras são integralmente financiadas com investimentos chineses e empréstimos de milhões de dólares.
Vários países ocidentais e rivais da China levantam receios ao projeto, considerando ser uma tentativa da ditadura comunista aumentar a sua influência política e econômica.
Fonte: revistaoeste.com