Mais de 60% dos russos disseram que não estão prontos para tomar sua dose da vacina Sputnik V. Quase a mesma proporção de pessoas acredita que a Covid-19 é de origem artificial, de acordo com os resultados de uma pesquisa divulgada na segunda-feira (1) pela empresa privada de pesquisa Levada-Center.
De acordo com o Levada, que conduziu a pesquisa no final de fevereiro, 62% dos russos entrevistados disseram que não querem ser vacinados com o Sputnik V. Apenas 30% disseram que sim, em comparação com os 38% de dezembro.
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O principal motivo apontado pelas pessoas que não querem vacina foi preocupações com os efeitos colaterais (37%). Em seguida, o desejo de esperar até que os testes fossem concluídos (23%). Outros 16% dos entrevistados disseram que "não veem sentido" em serem vacinados. Em dezembro de 2020, menos pessoas temiam os efeitos colaterais (29%) e mais pessoas aguardavam o término dos testes (30%).
A pesquisa, que consultou 1.601 pessoas em 50 regiões por meio de entrevistas presenciais, também descobriu que 64% das pessoas levam a sério a teoria de que o novo coronavírus foi criado artificialmente como uma arma biológica e que essa versão era mais provável do a de sua sua origem natural. Apenas 23% acreditavam que o coronavírus apareceu na natureza.
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As discussões sobre as origens do novo coronavírus ganharam um aspecto político desde o surgimento da Covid-19, e muitas teorias da conspiração surgiram nos Estados Unidos, na Rússia e em outros lugares sobre onde, de fato, o vírus tenha surgido e como se estabeleceu em humanos.
Na China, por exemplo, as autoridades e a mídia estatal promoveram a ideia de que o coronavírus pode ter surgido de um laboratório, e políticos e conspiradores americanos defenderam a ideia de que um laboratório chinês pode ter sido o responsável.
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A equipe da Organização Mundial de Saúde (OMS) que foi a Wuhan, na China, no mês passado, para explorar as origens do vírus, disse que a versão de que o vírus surgiu de um laboratório é altamente improvável e que essa possibilidade não está sendo investigada.
Fonte: cnnbrasil.com.br