O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), começou a semana como convidado de uma live. Ao participar de evento on-line organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o magistrado resolveu bancar o analista político. Entre outras coisas, disse que o Brasil enfrenta período de “recessão democrática”.
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“Além da tragédia pandêmica que assola todo o país, são verificados todo dia atentados à imprensa, apologia da ditadura, tortura”, afirmou Fachin ao discursar no evento virtual. “[Há] a depreciação do valor do voto e o incentivo às armas e à violência. E, ainda, o incentivo à animosidade entre as Forças Armadas e a sociedade civil”, prosseguiu o membro do STF.
Fachin, contudo, não mencionou um nome sequer de quem, na visão dele, foi responsável por interromper a democracia no Brasil.
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Fachin e o processo eleitoral
Diferentemente do presidente Jair Bolsonaro — que já afirmou repetidas vezes duvidar da segurança do processo eleitoral no Brasil, colocando-se como defensor do projeto de implementação do voto impresso —, Edson Fachin sinalizou ter pensamento oposto nesse quesito. Durante a live da OAB, o ministro do STF — que é o atual vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral — elogiou o sistema.
“A Justiça Eleitoral brasileira tem atuado com absoluta transparência”
“É ciente dessa premissa que a Justiça Eleitoral brasileira tem atuado com absoluta transparência, com o labor de entidades independentes e apartidárias”, afirmou Fachin. Por fim, deu a entender ser contrário a quem levanta a possibilidade de fraude no processo eleitoral do país. “É ilegítimo um governo que passa a atuar contra a normalidade constitucional.”
Fonte: revistaoeste.com