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China rebate Eduardo Bolsonaro e ameaça o Brasil
25/11/2020 15:07 em Política Internacional

Depois de o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmar que a China utiliza a tecnologia 5G para espionar outras nações, a embaixada do país oriental em Brasília reagiu. Para a diplomacia do Partido Comunista, o filho do presidente da República “solapou” a relação amistosa entre os governos com declarações “infames”. Além disso, fez uma ameaça: “[O Brasil] poderá arcar com consequências negativas”. Pequim acionou o Ministério das Relações Exteriores para se queixar de Eduardo, que fez o comentário nas redes sociais. Contudo, o parlamentar apagou a publicação.

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Na mensagem, o deputado mencionou a adesão simbólica do Brasil à iniciativa norte-americana Clean Network (Rede Limpa). Por meio dela, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tenta frear o avanço de empresas chinesas no mercado global de 5G. “O governo Jair Bolsonaro declarou apoio à aliança Clean Network, lançada pelo governo Trump, criando uma aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China”, declarou Eduardo, na segunda-feira 23. O filho do presidente também classificou o Partido Comunista Chinês de “entidade agressiva e inimiga da liberdade”.

Leia a nota da embaixada chinesa no Brasil

“Na contracorrente da opinião pública brasileira, o deputado Eduardo Bolsonaro e algumas personalidades têm produzido uma série de declarações infames que, além de desrespeitarem os fatos da cooperação sino-brasileira e do mútuo benefício que ela propicia, solapam a atmosfera amistosa entre os dois países e prejudicam a imagem do Brasil.

Acreditamos que a sociedade brasileira, em geral, não endossa nem aceita esse tipo de postura. Instamos essas personalidades a deixar de seguir a retórica da extrema direita norte-americana, cessar as desinformações e calúnias sobre a China e a amizade sino-brasileira, e evitar ir longe demais no caminho equivocado, tendo em vista os interesses de ambos os povos e a tendência geral da parceria bilateral. Caso contrário, vão arcar com as consequências negativas e carregar a responsabilidade histórica de perturbar a normalidade da parceria China-Brasil.”

 

Fonte: revistaoeste.com

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