Impedido pela Justiça Eleitoral do Rio Grande do Sul de realizar live para promover candidaturas da esquerda, Caetano Veloso se define como “censurado”. No Instagram, ele reproduziu nesta segunda-feira, 12, vídeo que o coloca como vítima do Poder Judiciário.
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A produção audiovisual divulgada pelo cantor e compositor baiano lamenta o parecer tornado público no fim de semana pelo juiz Leandro Figueira Martins, da 161ª Zona Eleitoral de Porto Alegre. O magistrado proibiu a transmissão on-line que seria estrelada por Caetano para arrecadar verba para as campanhas de Manuela D’Ávila (Psol) e Guilherme Boulos (PCdoB). Eles são, respectivamente, candidatos às prefeituras de Porto Alegre e São Paulo.
Trecho do vídeo mostra o cantor garantindo que a live estaria de acordo com as regras determinadas pelo jogo democrático brasileiro. Isso porque, segundo Caetano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “expressamente autoriza a realização de eventos para a arrecadação de recursos para campanhas.”
Showmício
Para se colocar como vítima, Caetano Veloso ignora o fato de a decisão não levar em consideração o fato de ser um evento para levantar dinheiro em prol de determinados candidatos. A transmissão que seria estrelada pelo compositor foi derrubada — ao menos por ora — porque foi classificada como showmício virtual, quando há manifestação artística com intuito de atrair a atenção do eleitorado em potencial. A ação é proibida no Brasil.
Na postagem em que divulga a live, a equipe que cuida das redes sociais do compositor admite que “Caetano se apresentará”. Para completar o teor artístico do anunciado evento on-line, ele aparece com violão no colo, ao lado da sorridente comunista Manuela e do também sorridente socialista Boulos. Antes mesmo de se colocar como censurado, o compositor avisou que recorrerá da decisão.
Fonte: revistaoeste.com