Youtuber que já se propôs a confabular sobre órgão genital masculino, a ofender o público porque ele estava gastando dinheiro em uma balada em Las Vegas (EUA) e a pintar o cabelo de roxo e azul, Felipe Neto é exemplo de “comunicador”. Ao menos essa é a argumentação feita em conjunto por 37 entidades brasileiras. Juntas, elas ignoram o passado recente do personagem e saem em sua defesa.

De acordo com manifesto divulgado na noite desta terça-feira, 28, o grupo de instituições afirma que o youtuber se tornou vítima recorrente de “acusações falsas de incentivo à pedofilia”. Nesse sentido, a carta em defesa de Felipe Neto dá a entender — de modo indireto — que apoiadores do presidente Jair Bolsonaro estariam por trás de fake news contra o influencer. Isso porque garantem que ele tem “inclusive” criticado o “atual governo federal”.

“Um comunicador”

Em determinado trecho, o manifesto reforça o papel do youtuber como profissional da comunicação. Valoriza-se a audiência que ele registra em redes sociais. O documento, contudo, não faz nenhuma menção ao fato de boa parte do material apresentado por ele conter palavras de baixo calão e assuntos adultos — apesar de ter produção direcionada majoritariamente ao público infantojuvenil. Em decorrência disso, internautas lançaram na última semana campanhas para alertar sobre o tipo assunto propagado pelo influenciador.

Milhões de seguidores

“Felipe Neto é um comunicador; se comunica de várias formas, e nas mais variadas plataformas. Seja em vídeos de entretenimento em seu canal do YouTube, que hoje conta com mais de 39 milhões de inscritos, como também em outras redes sociais, como o Instagram e o Twitter. Neste último, especificamente, Felipe vem desde um passado recente se posicionando, tendo garantido seu livre exercício da liberdade de expressão, nos mais variados temas que a ele parecem relevantes”, pontua trecho do manifesto.

Eis o “comunicador” enaltecido pelas 37 instituições:

A íntegra do manifesto em favor de Felipe Neto pode ser lida aqui.

Fonte: revistaoeste.com