O Comitê de Familiares Vítimas de Violência afirma que 11.328 venezuelanos foram executados de forma extrajudicial por órgãos de segurança desde janeiro de 2012.

Nos últimos dois anos, de acordo com a organização, 571 mortes aconteceram por membros das Forças de Ação Especial da ditadura de Nicolás Maduro.

Entre janeiro e março deste ano, eles contabilizaram 357 novas execuções extrajudiciais, informa o jornal venezuelano El Nacional.  Grande parte das execuções são de homens com menos de 25 anos.

Forças de segurança venezuelanas que são utilizadas na repressão a opositores | Foto: Carlos Díaz/Flickr

De acordo com o Comitê de Familiares Vítimas de Violência, 55% dessas execuções aconteceram em plena luz do dia, com o objetivo de demonstrar a força da repressão do regime ditatorial do país.

A Venezuela possui ainda 367 presos políticos no país. A informação foi divulgada por Alfredo Romero, presidente da Ong Foro Penal, que investiga e denuncia a situação dos direitos humanos no país.

A denúncia foi publicada em sua conta no Twitter. 343 pressos são homens e 24 são mulheres. Destes, 239 são civis e 128 são ex-membros das forças armadas do país. Ainda há dois menores de idade presos por crimes políticos.

Os presos políticos do país geralmente são levado ao El Helicoide, um shopping center abandonado em Caracas transformado em prisão pelos agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), a polícia política de Nicolás Maduro. Há inúmeras denúncias de torturas em presos políticos realizadas no edifício.

A Venezuela sofre com uma grave crise econômica, política e de direitos humanos. O regime de Madura não possui reconhecimento internacional e é denunciado por desrespeitar os direitos humanos. O próprio Maduro foi denunciado por tráfico de drogas pelo governo dos Estados Unidos.

Fonte: revistaoeste.com