O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse na manhã desta nesta quinta-feira (4) em entrevista a jornalistas que o Congresso poderia tomar a iniciativa de prorrogar o auxílio emergencial de R$ 600. Ele também afirmou, porém, que o melhor é esperar o governo.

“O Congresso pode tomar a iniciativa, mas é bom que o governo tenha uma posição clara para a gente saber em que condições nós estamos trabalhando, que condições de impacto fiscal”, afirmou Maia.

O auxílio emergencial foi criado para proteger trabalhadores vulneráveis que perderam a renda durante a crise do coronavírus. As medidas de isolamento social impedem parte da população de trabalhar. O prazo inicial do auxílio é 3 meses.

“Se dependesse dos parlamentares que estou ouvindo, teria pelo menos mais duas ou 3 parcelas no mesmo valor de R$ 600. Mas tem um impacto [fiscal], ninguém está negando. E também está negando, nem o governo, a necessidade de prorrogação”, disse o presidente da Câmara.

Maia já disse que prorrogar o auxílio é consenso na Câmara.

O presidente da Câmara também afirmou que poderá ser discutido um “último refis” junto com a reforma tributária. “Refis” é a forma como são conhecidos os programas de regularização tributária que dão descontos para devedores de impostos.

Seria uma forma de “zerar” o jogo para quando a reforma tributária começar a valer. Também regularizar débitos contraídos durante a crise do coronavírus.

“O refis é um instrumento ruim. Feito a cada 2 ou 3 anos gera a sinalização de que as pessoas podem deixar de contribuir e lá na frente vai ter uma solução”, disse Maia. Ele ressalvou, porém, que no caso da pandemia os débitos não são necessariamente causados pela perspectiva de descontos, mas por causa da crise econômica.

Fonte: poder360.com.br