Alexandre Borges Cabral assumiu a presidência do Banco do Nordeste nesta terça-feira (2) e nesta quarta-feira (3) ele foi demitido. A gestão do administrador no comando da instituição financeira não durou mais do que um dia.

A saída de Cabral do cargo foi definida em reunião realizada no início da tarde desta quarta-feira pelo Conselho de Administração do Banco do Nordeste. Por meio de fato relevante, que é quando companhias precisam detalhar movimentações à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a demissão tornou-se pública.

Cabral assumiu a presidência do Banco do Nordeste como indicado do Partido Liberal (PL). A Revista Oeste confirmou que ele chegou ao posto tendo dois padrinhos políticos na legenda: os deputados federais João Carlos Bacelar (BA) e Wellington Roberto (PA), que é o líder do partido na Câmara.

Diretor financeiro da empresa financeira vinculada ao governo federal, Antônio Jorge Pontes Guimarães Júnior assume interinamente a presidência.

Denúncias

Indicado pelo PL para assumir o comando do banco nordestino, Alexandre Borges Cabral viu, nos últimos dias, seu nome ser vinculado a denúncias. De acordo com o jornal Correio, de Salvador, ele é investigado por suspeitas de irregularidades em contratos da Casa da Moeda. Ele presidiu a instituição durante o governo Michel Temer, de 2016 a 2019.

Além de ter permanecido por três anos como presidente da Casa da Moeda, Cabral chegou à presidência do Banco do Nordeste como “prata da casa’. Isso porque ele é servidor de carreira na instituição financeira nordestina. Foi, a saber, chefe de departamento, superintendente de negócios corporativos, gerente de agência e assessor-executivo da presidência.

Repensar o Nordeste

“O grande desafio é repensar o Nordeste como foco de oportunidades, sobretudo acelerando o processo de desenvolvimento da região e suprindo falhas de mercado”, chegou a dizer o indicado do PL ao tomar posse ontem. Hoje, contudo, ele precisa repensar sobre quais seus próximos desafios profissionais.

Fonte: revistaoeste.com