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PF apura compra de respiradores pela Prefeitura do Recife
28/05/2020 12:03 em Notícias do Brasil

A Polícia Federal realizou nesta manha uma nova fase da “Operação Apneia”, que contou com a participação do Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria Geral da União (CGU).

A PF informa que a operação de hoje é para apurar irregularidades em contratos com dispensa de licitações realizados pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria da Saúde, para a compra de 500 respiradores.

A corporação realizou ações nos estados de São Paulo e Pernambuco. Dois mandados de busca e apreensão foram realizados nos bairros do Recife e Espinheiro, na capital pernambucana.

A Prefeitura do Recife é comandada por Geraldo Júlio (PSB) desde 2017. A Secretaria da Saúde está sob a responsabilidade de Jailson Correia desde 2013.

De acordo com as investigações, empresas com débitos de mais de R$ 9 milhões com a União, que não podem firmar contratos coma administração pública, utilizaram empresas fantasmas com o nome de uma ex-companheira do verdadeiro dono. A PF descobriu que a empresa contratada é inexistente.

O contrato com a Prefeitura de Recife possuía um valor de  R$ 11 milhões, a empresa fantasma que venceu o certame tinha um capital social de R$ 50 mil.

A empresa, chegou a fornecer 35 respiradores para o município. O contrato foi rescindido no dia 22 de maio, após a imprensa denunciar as irregularidades naquelas empresas.

A primeira fase

A primeira fase da operação, que foi realizada em sigilo pela PF, demostrou que dos 35 respiradores que a empresa forneceu, 25 estavam em um depósito, os outros haviam sido comercializados.

Indícios apontam que pelo menos um desses aparelhos foi comprado por uma prefeitura do interior de Pernambuco pelo triplo do valor contratado pela prefeitura da capital.

Por determinação da Justiça Federal, os respiradores localizados pela Polícia Federal devem permanecer no local até pelo menos a realização de uma auditoria.

A Polícia Federal não divulgou o nome das pessoas envolvidas na operação. Não aconteceram prisões.

Fonte: revistaoeste.com

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