A China anunciou na última segunda-feira, 18, que irá aumentar em 80% a tarifa da cevada australiana, em mais um capítulo da tensão diplomática que virou conflito comercial entre os dois países.

A informação, de acordo com o canal australiano Sky News, causou inquietação no governo australiano e também no setor agrícola, que tem uma participação muito importante na economia do país.

Cronologia de uma crise

Tudo começou no dia 28 de abril, quando o governo australiano, liderado pelo primeiro-ministro conservador, Scott Morrison, pediu para que a Organização Mundial da Saúde (OMS) apoiasse uma investigação independente sobre a origem do vírus. Esse pedido causou uma reação raivosa do embaixador da China na Austrália,Cheng Jingye, que ameaçou um boicote a produtos australianos.

A ameaça chinesa chegou inclusive a uma tentativa de interferência na política do país da Oceania após Jingye divulgar uma conversa privada com a secretária de Negócios Estrangeiros e Comércio, Frances Adamso, em que ela demonstra preocupação com a ameaça de um boicote e afirma que o pedido de investigação foi inoportuno.

No dia 4 deste mês, a Austrália informou que vai apoiar o retorno de Taiwan à OMS, contrariando mais uma vez o governo comunista de Pequim que considera Taiwan como parte do seu território e busca isolar o seu governo democrático da comunidade internacional.

No dia 12 de maio, a China anunciou a suspensão das importações dos quatro maiores processadores de carne da Austrália, o governo chinês negou que a ação seja uma represália ao governo australiano, e que teve o objetivo de “garantir a segurança e a saúde dos consumidores chineses”.

As novas tarifas na cevada aumentam a pressão do setor agrícola sobre o governo australiano, que está vendo uma parte importante da economia do país ser muito afetado pela força econômica do seu maior parceiro econômico, a ditadura comunista da China.

Fonte: revistaoeste.com