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Sem isolamento forçado, Suécia tem menos mortes que o previsto
18/05/2020 10:14 em Notícias do Mundo

Em artigo publicado essa semana chamado “Can we trust Covid modelling? More evidence from Sweden” (em tradução livre: Podemos confiar na modelagem da Covid? Mais evidências da Suécia), o autor sueco Johan Norberg defende que todas as curvas de projeção e contágio no país nórdico foram superestimadas. Ele afirma que as medidas sanitárias preventivas adotadas espontaneamente pelos suecos foram, por si só, eficazes para minimizar o número de infectados pela covid-19.

Segundo o escritor, estudos do Imperial College, publicados em abril, sugeriam um pico de 16 mil atendimentos diários por covid-19 na Suécia a partir de maio; já os dados da Agência de Saúde Pública local, mais conservadores, apontavam em abril pico de 1,7 mil internados diariamente em maio. Na prática, a Suécia, de acordo com o pesquisador, registrou entre 500 e 550 atendimentos por coronavírus este mês. “Nesse momento, quando os modelos sugeriam que a Suécia teria de 30 a 40 pacientes brigando por cada leito de UTI disponível, há capacidade disponível em leitos, equipamentos e pessoal de cerca de 30%”, sugere o pesquisador.

Sobre o número de mortes, as projeções do Imperial College apontavam até 82 mil mortes na Suécia até o início de julho. Porém, o número real de óbitos no país nórdico não chegou a 3,5 mil casos. “A Suécia não fechou fronteiras, fechou escolas, empresas, restaurantes, academias ou shopping centers e não emitiu ordens de permanência em casa”, descreve o escritor. “Uma razão pela qual os modelos falharam é que eles – assim como a maioria dos políticos dos países – subestimaram como milhões de pessoas se adaptam espontaneamente a novas circunstâncias. Eles pensaram apenas em termos de bloqueios versus negócios, como de costume, mas não consideraram uma terceira opção: que as pessoas se envolvam em distanciamento social voluntariamente quando percebem que há vidas em risco”, apontou o pesquisador.

 

Fonte: revistaoeste.com

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