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Oncologista defende o tratamento precoce da covid-19 para evitar o agravamento da doença
13/05/2020 19:52 em Ciência & Saúde

A oncologista e imunologista Nise Yamaguchi tem defendido desde o início da pandemia que a hidroxicloquina deva ser utilizada no tratamento da covid-19. Para a médica, o remédio, desde que prescrito por médicos, pode usado com segurança em pacientes sem doenças pré-existentes.

Em entrevista ao canal da jornalista Leda Nagle no Youtube, no dia 22 de abril, Yamaguchi falou que é necessário buscar um “bom senso” em relação ao tema. Ela defende que haja uma união de esforços daqui para frente para que o Brasil possa enfrentar da melhor forma a crise do coronavírus.

Nise Yamaguchi, que é diretora da Associação Brasileira de Mulheres Médicas, afirma que “nesse momento, numa pandemia, as decisões sempre vão implicar em críticas de ambos os lados”.

Apesar de não existirem estudos científicos conclusivos a respeito do uso da hidroxicloroquina para tratamento da covid-19, ela chama a atenção para uma frase que ouviu de um colega que fez uso da medicação: “Se daqui a seis meses a gente chegar a conclusão de que funcionou [a hidroxicloroquina] quantas pessoas a gente deixou de curar?”

Yamaguchi destaca que, até o momento, o que se sabe é que, em pessoas que não tem comorbidades, a hidroxicloroquina pode ser dada com segurança”. A médica afirma que dentro de uma prescrição médica, seria justo que o paciente tivesse a possibilidade de fazer [o tratamento]”. Ela defende o uso da hidroxicloroquina em estágios mais iniciais da doença e ressalta que, se for esperar fazer o teste para ter o diagnóstico, não será possível tratar quem precisa.

Nise Yamaguchi reafirma a importância das máscaras dizendo que elas são uma “extensão do isolamento social”. A médica defende que a população crie o hábito de utilizar máscaras, inclusive para evitar a propagação de outras doenças virais. Ela lembra que em alguns países asiáticos, como o Japão, o uso já é amplamente difundido.

OUTROS MEDICAMENTOS

A oncologista acredita que, passada a pandemia, a ciência terá “muitas respostas” mas agora é importante “diminuir os preconceitos” contra alguns remédios. Ela se mostrou otimista com estudos que estão sendo feitos  com outras drogas, inclusive os antivirais.

Fonte: revistaoeste.com

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