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Novo rodízio de veículos de São Paulo sobrecarrega transporte público
12/05/2020 11:10 em Notícias do Brasil

nova versão do rodízio municipal de veículos em São Paulo, imposta pelo prefeito Bruno Covas, pode até ter reduzido o congestionamento na cidade — na segunda-feira passada, eram 11 quilômetros às 8 horas da manhã, e hoje, apenas 1 —, mas causou um problema que pode agravar a disseminação  do coronavírus por quem precisa trabalhar: a aglomeração no transporte público.

Dados preliminares da Secretaria de Transportes Metropolitanos, ligada ao governo do Estado,  mostram que, no horário de pico, entre 5 e 9 horas da manhã, os trens da CPTM tiveram um aumento de demanda de 15%. A Linha 4-Amarela, 14%. As linhas 1, 2 e 3 do metrô, ainda não privatizadas, foram buscadas por 12% mais pessoas que o normal, e a Linha 5-Lilás, por 11%.

Quem optou por utilizar os ônibus da cidade também sentiu a diferença. Mesmo com os mil ônibus que a prefeitura afirma ter colocado a mais para rodar na capital, o aumento no número de passageiros foi de 10%, segundo dados estimados da SPTrans para o período da manhã.

Ou seja, com a nova regulamentação, o prefeito, que, juntamente com o governador João Doria, afirma seguir à risca medidas com base na ciência para combater a covid-19, opõe-se a uma das recomendações básicas da própria Organização Mundial da Saúde com relação à doença:

“Evite ir a lugares lotados. Por quê? Onde as pessoas se reúnem em multidão é mais provável que você entre em contato próximo com alguém que tenha a covid-19 e é mais difícil manter a distância física de 1 metro”.

No novo rodízio paulistano, carros com placas pares só podem rodar em dias pares, e aqueles com placas ímpares, em dias ímpares.

 

Fonte: revistaoeste.com

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