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Brasileiros voltam à poupança e aos títulos públicos por segurança
09/05/2020 10:18 em Notícias do Brasil

pandemia do novo coronavírus fez com que os investidores brasileiros deixassem o interesse pela rentabilidade de lado e voltassem a buscar segurança em opções mais conservadoras, como a poupança e o Tesouro Direto.

De acordo com dados do BC (Banco Central), as aplicações na caderneta de poupança superaram os saques em R$ 30,459 bilhões em abril. Trata-se da maior captação líquida já registrada em um mês desde o início da série histórica iniciada em 1995.

A mesma movimentação é apontada pelo balanço mais recente do Tesouro Direto, referente a março. No período, as vendas de títulos públicos somaram R$ 3.018,7 bilhões e alcançaram o melhor resultado da história para o mês.

 

O volume de negócios é ainda 116% superior ao registrado em fevereiro e 27,5% maior do que número de março de 2019. Já o valor médio das operações realizadas ao longo do mês saltou para R$ 8.567,41, resultado 80% maior na comparação com fevereiro. Em relação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 65%.

O economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Pedro Paulo Silveira, explica que, em momentos de incerteza como o atual, os investidores com perfil mais conservador buscam apenas a preservação dos recursos. "Ele quer garantir o capital dele intocado", observa. E completa: "Os investidores reavaliam o total de ativos mais arriscados que têm, reduzem suas posições e vão para os menos arriscados."

O consultor financeiro Claudio Munhoz aponta o fator psicológico, que ganha força no momento de escolher em qual ativo aplicado em meio à pandemia. “As pessoas estão com medo do que vai acontecer. Isso faz com ele elas guardem um pedaço de tudo o que recebem ao invés de partirem para o consumo”, diz.

Munhoz atenta ainda que a liberação do auxílio emergencial de R$ 600 pode ter impulsionado o bom desempenho da caderneta no mês passado. “Bastante gente acabou não utilizando esse dinheiro e onde o brasileiro mais gosta de guardar é na poupança”, afirma o consultor financeiro. Ele destaca que a liberação dos recursos normalmente cai direto em uma conta-poupança.

Fonte: noticias.r7.com

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