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EUA suspeitaram que Putin usaria plano de Lula a seu favor
13/04/2023 11:59 em Política Internacional

O governo dos Estados Unidos suspeitou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, usaria a seu favor “a proposta de plano de paz” para a guerra da Rússia contra a Ucrânia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É o que revelam documentos vazados supostamente do Pentágono, a sede do Departamento de Defesa dos EUA.

O presidente russo teria considerado o plano de Lula como forma de reduzir a pressão do Ocidente contra o Kremlin nas negociações. Outra previsão dos documentos era que o governo do Brasil enviaria uma delegação de alto escalão para Moscou, a capital da Rússia, na primeira metade do mês de abril. 

Foi o que aconteceu: o assessor especial de Assuntos Internacionais de Lula, Celso Amorim, viajou para Moscou e se reuniu com Putin no começo do mês. O Itamaraty não comentou o assunto.

O plano de Lula

O presidente Lula sugeriu que, para selar a paz, a Ucrânia deveria ceder a Crimeia para a Rússia. A Crimeia é uma península ucraniana anexada pela Rússia em 2014. Lula também disse que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, “não pode querer tudo”.

A Ucrânia negou o plano. “Temos de deixar claro: a Ucrânia não faz comércio com os seus territórios”, disse, em resposta a Lula, Oleg Nikolenko, porta-voz da diplomacia da Ucrânia. “Não há razão legal, política ou moral para que a Ucrânia abra mão de um centímetro sequer de seu território”, declarou ainda o diplomata.

Documentos vazados do Pentágono criam desconforto internacional

O documento sobre o plano de paz de Lula faz parte de uma série de documentos supostamente vazados do Pentágono.

O vazamento causou um verdadeiro desconforto internacional. A Coreia do Sul, por exemplo, afirmou que uma parte considerável dos documentos vazados sobre a guerra da Rússia contra a Ucrânia foi fabricada. O Pentágono confirmou alguns dos documentos como verdadeiros.

 

A circulação dos documentos vazados é “um risco muito grave para a segurança nacional e tem o potencial de difundir desinformação”, disse a Chris Meagher, assistente do secretário de Defesa para Assuntos Públicos norte-americano.

Fonte: revistaoeste.com

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