Na tentativa de reduzir os riscos de atentados em escolas, o deputado federal Daniel Freitas (PL-SC) propôs a atuação de segurança armada em unidades escolares. O parlamentar protocolou o projeto que acrescenta essa proposta na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nesta quarta-feira, 5.
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Segundo o Instituto de Estudos Avançados da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o Brasil registrou, nos últimos 20 anos, 23 ataques em escolas. Apenas nos últimos dez meses, entretanto, dez unidades escolares foram alvo de estudantes — praticamente um ataque por mês.
O mais recente deles ocorreu nesta manhã, em uma creche em Blumenau, em Santa Catarina. Na ocasião, um homem com uma machadinha matou quatro crianças e deixou quatro feridas. Há dez dias, um estudante de 13 anos entrou em uma escola estadual em São Paulo, matou uma professora e feriu outras quatro pessoas.
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Para o deputado, ao analisar cada caso, percebe-se que esses crimes têm dois fatos em comum. “O primeiro, que são motivados por ressentimentos e vinganças — seja por bullying, seja por mau relacionamento com funcionários dessas escolas”, observou Freitas. “Esses atentados foram efetivados em locais gun-free zone [locais livres de armas]. Os criminosos, em seu modus operandi, adentram os locais com uma facilidade muito grande. Não há nenhum tipo de guarnição ou profissional de segurança como escudo já na entrada dessas instituições.”
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No Brasil, segundo o relatório Situação Mundial da Infância 2021, estima-se que um em cada seis meninos e meninas entre 10 e 19 anos de idade viva com algum transtorno mental. A escalada exponencial do número de atentados seguidos de mortes em escolas é um grande reflexo dessa situação.
“Entendo que o mundo viva hoje uma espécie de epidemia silenciosa, no que diz respeito à saúde mental”, disse Freitas. “Mas é urgente a necessidade de implementarmos profissionais de segurança nas escolas brasileiras. A escola é um ambiente de aprendizado, com degraus que elevam a civilidade. O crescimento dos ataques e a sensação de insegurança somente irão trazer o caos para esse ambiente.”
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De acordo com o deputado, “o Estado brasileiro deve interferir para que crianças, jovens, professores e demais atores estejam protegidos e voltem sãos e salvos para seus lares”.
Fonte: revistaoeste.com