O mercado está prevendo que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça mais de 3% neste ano e a inflação chegue perto dos 6%, segundo o relatório Focus do Banco Central, divulgado na manhã desta segunda. As projeções para o câmbio diminuíram na última semana de R$ 5,27 para R$ 5,25 e a sinalização é de que o Comitê de Política Monetária mantenha a taxa básica de juro em 13,75% ao ano nesta semana.

Para o ano que vem, as projeções para a inflação, para o PIB e para os juros aumentaram. Agora, o mercado projeta uma Selic de 11,75% no final de 2023, 0,25 ponto porcentual a mais do que na semana passada e 0,5 ponto porcentual a mais do que há quatro semanas. O aumento na projeção dos juros reflete as incertezas em relação ao teto de gastos e à política fiscal no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O cenário de contas públicas contemplado no relatório Focus também reflete a política fiscal de Lula e mostra situações opostas em 2022 e 2023. Para este ano, as estimativas têm melhorado, em consonância com os bons resultados fiscais. Já as projeções para 2023 se deterioraram em meio aos temores com os planos de aumento de gastos do governo eleito.

Para 2022, os analistas projetam que a dívida líquida do setor público atinja 57,7% do PIB, mesmo patamar da semana e inferior à projeção de quatro semanas atrás (58,45% do PIB). Já para 2023, a projeção era de 61% há uma semana e agora é de 61,5% do PIB.

A projeção da inflação para 2023 também cresceu. Há quatro semanas, era de 4,94%; passou a 5,02% há uma semana e agora está em 5,08%.

A estimativa para o superávit primário em 2022 passou de 1,25% para 1,29% do PIB. Há um mês, era de 1,00% do PIB. Já, para 2023, a projeção de déficit primário piorou de 0,80% para 0,90% do PIB, de 0,50% quatro semanas antes.

Fonte: revistaoeste.com