Offline
Ministros do STF reagem a protestos no Brasil: ‘‘Selvageria e extremismos"
15/11/2022 11:16 em Política Brasil

Durante a primeira edição do Lide Brazil Conference, em Nova Iorque (EUA), três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) comentaram os protestos no Brasil contra a vitória do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ministro Antonio Dias Toffoli disse que o Brasil não pode viver de “extremismos” e criticou os “autoproclamados conservadores”. “Autoproclamados conservadores no Brasil fecham as estradas interrompendo o direito de ir e vir“, declarou. “Não é algo mais anticonservador? Não podemos deixar que o ódio entre no nosso país, não podemos viver só nos extremismos.”

Luís Roberto Barroso declarou que o pleito já acabou e que, segundo ele, resta respeitar o resultado. “A vida na democracia é simples assim”, disse. “O resto é intolerância, espírito antidemocrático e, quando não, selvageria.”

Gilmar Mendes observou que a premissa da ordem constitucional, da democracia e da liberdade sofreu os “mais impensáveis ataques”. Além disso, que o populismo foi “embalado por um discurso de ódio e disseminado por soluções de tecnologia”.

“É preciso indagar se há algo mais por trás dos discursos lunáticos e histéricos que pedem intervenção militar e a prisão do inventor da tomada de três pinos”, concluiu.

Ministros do STF são recebidos com vaias em Nova Iorque

Manifestantes confrontaram ministros da Corte Suprema, na noite do domingo, 13. Seis juízes do STF estão na cidade para uma palestra sobre “liberdade e democracia”, a convite do grupo empresarial Lide, que pertence ao ex-governador de São Paulo, João Doria.

Nas imagens divulgadas nas redes sociais, é possível ver as pessoas xingando os ministros que deixam a entrada principal de um hotel, em Manhattan, escoltados, em direção a uma van. Entre outras ofensas, Alexandre de Moraes foi chamado de “cabeça de ovo”, “vagabundo” e “ladrão”. Acuado, o juiz riu.

Em seguida, Mendes deixa o local, sob vaias, e escuta de um manifestante: “O que é seu está guardado, seu bandido”. Ricardo Lewandowski também não escapou da reação popular. Quando deixou o hotel, ouviu de uma pessoa que ele estava “acabando com o Brasil” e deveria ter “vergonha na cara”.

No domingo, ainda foi a vez de Barroso. Enquanto caminhava pelas ruas da cidade, uma mulher o abordou. Ao lhe perguntar ironicamente como o juiz estava, ele responde: “Feliz pelo Brasil”.

Fonte: revistaoeste.com

COMENTÁRIOS