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Médico defende uso de 'Annita' contra a covid-19 e cita caso de Volta Redonda
22/11/2020 18:50 em Ciência & Saúde

Desde o início da pandemia, o infectologista Edimilson Migowski defende o uso da nitazoxanida, comercialmente vendida como Annita, no tratamento precoce da covid-19.

Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Migowski lidera um convênio entre a instituição e a prefeitura de Volta Redonda (RJ) e comemora os resultados.

Nitazoxanida

Nitazoxanida | Foto: Reprodução

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Até 5 de novembro, 435 pacientes receberam o tratamento e não houve registro de nenhuma internação, falência respiratória ou óbito.

“Em Volta Redonda, todos os pacientes que receberam a medicação até o terceiro dia a partir do início dos sinais e sintomas, 100% deles, tiveram evolução satisfatória para a cura”, garante o médico.

O Ministério da Ciência e Tecnologia conduziu um ensaio clínico com a nitazoxanida envolvendo 1.575 voluntários. Segundo o estudo, divulgado em 24 de outubro, pacientes que receberam a droga tiveram maior redução da carga viral e resultados negativos para o novo coronavírus mais rápido.

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Em entrevista a revista Oeste, o infectologista Edimilson Migowski respondeu a perguntas sobre o tema e resumiu o protocolo que vem sendo adotado na cidade fluminense em 3 pilares:

  • Prevenção: uso de máscara, higienização das mãos, distanciamento social e vacina (quando houver)
  • Instrumentalização: orientar as pessoas sobre os sinais e sintomas da doença para que busquem o serviço de saúde rapidamente
  • Tratamento precoce: uso, com orientação médica, da nitaxozanida
Edimilson Migowski

Infectologista Edimilson Migowski | Foto: arquivo pessoal

"Comprovadamente, a nitazoxanida reduz a replicação do vírus, por quatro mecanismos bem determinados e conhecidos. O que foi observado nessa pesquisa clínica era algo que já tinha evidências no laboratório, in vitro [em células isoladas em laboratório]. Isso significa que, provavelmente, a pessoa que venha a receber a droga precocemente, no início dos sintomas, vai ter uma doença de menor gravidade, como menos risco de internação, falência respiratória e morte", garante o médico.

"Devido à redução da carga viral, a pessoa também vai transmitir menos esse tipo de coronavírus. A medicação é benéfica tanto para o paciente que está enfermo como para quem tem contato com ele, já que a redução da carga viral ajuda a diminuir o risco de propagação do vírus", completa ele.

Fonte: revistaoeste.com

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