O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, prometeu “liberar a mesquita de Al-Aqsa” de Israel após “ressuscitar Hagia Sophia” como mesquita na última sexta-feira.
Erdogan retomou o status de Hagia Sophia como mesquita, que antes era um museu desde 1934. Até 1453, quando Constantinopla foi conquistada pelo Império Otomano, era o principal templo da Igreja Ortodoxa.
A atitude de Erdogan causou controvérsia na Turquia e críticas da comunidade internacional, incluindo da Unesco. A Grécia e a Rússia, com grandes populações de cristãos ortodoxos, foram os que criticaram com mais força.
Após a decisão sobre a Hagia Sophia, o presidente da Turquia quer agora controlar a mesquita de al-Aqsa, em Jerusalém, conforme indica o site da Presidência da Turquia. Ou seja, a Turquia quer tirar Israel do controle do Monte do Templo e da mesquita que está nele. A informação é do jornal israelense The Jerusalem Post.
Desde que assumiu o poder da Turquia, como primeiro-ministro, em 2004, Erdogan é um crítico da Israel e um defensor da causa palestina. Em 2009, ele se retirou de uma reunião em Davos quando o então presidente de Israel Shimon Peres discursava.
Mesquita de Al-Aqsa
O Monte do Templo, onde está a Mesquita de Al-Aqsa, é um importante centro religioso para os muçulmanos e o principal local para a fé judaica. Lá estava localizado o Templo de Jerusalém, que foi destruído pelos romanos no ano 70.
Os israelenses estão preocupados com a tentativa de interferência turca sobre a mesquita. Nos últimos anos, a Turquia investiu milhões de reais na Waqf Islâmica de Jerusalém, que administra Al-Aqsa.
Além de Israel, a Jordânia e a Arábia Saudita também desconfiam da interferência turca na região. Como resposta, israel estaria negociando para permitir a participação dos sauditas na Waqf Islâmica.
Os israelenses esperam que esse acordo com os sauditas, que não reconhecem Israel, possa levar a um tratado de paz.
Fonte: revistaoeste.com