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Canadá acusa China de interferir nas eleições de 2019 e 2021
13/11/2022 01:07 em Notícias do Mundo

O Canadá alertou que a China está “jogando um plano agressivo” para minar as instituições democráticas do país. A declaração do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, aconteceu em meio a relatos de que Pequim interferiu ativamente nas eleições federais, por meio de financiamento de uma rede clandestina de candidatos.

O Serviço Canadense de Inteligência de Segurança (CSIS, na sigla em inglês) está investigando uma rede secreta de “delegacias de polícia” chinesas ilegais em Toronto.

“Tomamos medidas significativas para fortalecer a integridade de nossos processos eleitorais e nossos sistemas, e continuaremos investindo na luta contra a interferência eleitoral, contra a interferência estrangeira em nossa democracia e instituições”, disse Trudeau na segunda-feira, 7. “Infelizmente, estamos vendo países, atores estatais de todo o mundo, seja a China ou outros, continuarem jogando com planos agressivos com nossas instituições, com nossas democracias.”

Os comentários do primeiro-ministro reforçam a denúncia do jornal canadense Global News de que o CSIS concluiu que Pequim trabalhou para minar o processo democrático no Canadá nas eleições de 2019 e 2021.

Segundo a investigação, os esforços chineses incluíram o financiamento de pelo menos 11 agentes políticos para influenciar as eleições a favor da China, bem como tentativas de “cooptar e corromper” ex-funcionários canadenses para ganhar poder político na capital do país.

As tentativas de interferência eleitoral tiveram como alvo membros dos partidos Liberal e Conservador, mas a investigação não deixou claro se foram bem-sucedidas.

“Todas as alegações de interferência são investigadas minuciosamente por nossas agências de segurança. À medida que as ameaças evoluem, os métodos usados ​​para resolvê-las também devem evoluir”, declarou o premiê canadense.

Os esforços de interferência eleitoral estão ligados ao departamento de trabalho da Frente Unida do Partido Comunista, uma organização em Pequim que monitora e tenta influenciar cidadãos chineses no exterior, informou Global News.

“Tivemos evidências desasa situação nas últimas eleições em plataformas de mídia social em língua chinesa, o que interferiu em vários distritos eleitorais com comunidades chinesas significativas”, disse o deputado conservador Michael Chong ao jornal inglês Guardian.

Fonte: revistaoeste.com 

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