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‘Estávamos à beira do socialismo’, diz Bolsonaro em discurso na ONU
22/09/2021 14:36 em Política Internacional

O presidente Jair Bolsonaro foi o primeiro chefe de Estado a falar na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, nesta terça-feira, 21. Em um pronunciamento no qual abordou uma série de temas, da pandemia de covid-19 ao meio ambiente, da corrupção à recuperação econômica, Bolsonaro afirmou que “o Brasil vive novos tempos”.

“Venho aqui mostrar o Brasil diferente daquilo publicado em jornais ou visto em televisões. O Brasil mudou, e muito, depois que assumimos o governo, em janeiro de 2019”, disse o presidente logo no início do pronunciamento. “Estamos há dois anos e oito meses sem qualquer caso concreto de corrupção. O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição, valoriza a família e deve lealdade ao seu povo”.

Segundo Bolsonaro, sua vitória nas eleições de 2018 representou a interrupção de um projeto socialista no país. “Estávamos à beira do socialismo. Nossas estatais davam prejuízo de bilhões de dólares no passado e hoje são lucrativas. Apresento agora um novo Brasil, com sua credibilidade recuperada perante o mundo”, afirmou.

“Temos tudo o que o investidor procura: grande mercado consumidor, excelentes serviços, tradição de respeito aos contratos e confiança em nosso governo.”

Meio ambiente

Seguindo a linha que já havia apresentado em seu discurso na Cúpula de Líderes sobre o Clima, em abril deste ano, Bolsonaro deu grande enfoque às questões ambientais. “Nenhum país do mundo possui uma legislação ambiental tão completa quanto a nossa. Nosso Código Florestal deve servir de exemplo para outros países”, disse o presidente da República na ONU.

“Somente no bioma amazônico, 84% da floresta está intacta, abrigando a maior biodiversidade do planeta”, prosseguiu Bolsonaro. “Na Amazônia, tivemos uma redução de 32% em agosto, quando comparado a agosto do ano anterior. Qual país do mundo tem uma política de preservação ambiental como a nossa? Os senhores estão convidados a visitar a Amazônia.”

Pandemia

Em seu discurso, Bolsonaro falou sobre a pandemia de covid-19 e responsabilizou prefeitos e governadores do Brasil por medidas restritivas que afetaram duramente a população. “A pandemia nos pegou a todos de surpresa. Lamentamos todas as mortes ocorridas no Brasil e no mundo. Sempre defendi combater o vírus e o desemprego, de forma simultânea e com a mesma responsabilidade”, afirmou.

Vacinação e tratamento precoce

Em relação à vacinação, Bolsonaro destacou o avanço da campanha de imunização no país. “Até novembro, todos os que escolheram ser vacinados no Brasil serão atendidos. Apoiamos a vacinação. Contudo, nosso governo tem se posicionado de forma contrária ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada à vacinação”, disse o presidente. “Apoiamos a autonomia do médico na busca pelo tratamento precoce, seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina.”

Manifestações

Os atos de apoio ao governo brasileiro, que levaram centenas de milhares às ruas no 7 de Setembro, também foram citados por Bolsonaro em seu discurso. “No último 7 de Setembro, dia de nossa Independência, milhões de brasileiros foram às ruas, na maior manifestação de nossa história, mostrar que não abrem mão da democracia, das liberdades individuais e do apoio ao nosso governo”, destacou. “Temos a família tradicional como fundamento da civilização. A liberdade do ser humano só se completa com liberdade de culto e de expressão.”

Afeganistão e Conselho de Segurança

Jair Bolsonaro também aproveitou a oportunidade para defender a presença do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. “Apoiamos uma reforma do Conselho de Segurança da ONU, onde buscamos um assento permanente”, afirmou.

O presidente também citou a situação política no Afeganistão. “O futuro do Afeganistão também nos causa profunda apreensão. Concederemos visto humanitário para cristãos, mulheres, crianças e juízes afegãos”.

Fonte: revistaoeste.com

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